Documentário explora a origem do preconceito com a “voz gay”

O jornalista David Thorpe registra a busca por uma voz mais heterossexual para livrar-se de preconceitos da sociedade

Captura de Tela 2015-07-14 às 10.26.22 AM
(Imagem: Reprodução / YouTube)
Mesmo com as recentes conquistas para o fortalecimento da cultura e do respeito gay em diversos países, ainda há muito preconceito a ser trabalhado. O documentário “Do I Sound Gay” aborda uma temática que ainda passa despercebida em decisões mais presentes atualmente, como as uniões homoafetivas ou a adoção de crianças por casais do mesmo gênero. A discussão agora é sobre a chamada “voz gay”.
O filme é uma iniciativa do jornalista e cineasta David Thorpe, que debate a experiência própria de uma voz afeminada da qual ele acabou tomando consciência apenas mais velho. A busca dele, inclusive, é de encontrar uma maneira de deixar a voz o mais heterossexual possível. No trailer do documentário a ideia é desenvolvida com base em alguns exemplos práticos, como o heterossexual que tem voz afeminada e o homossexual que tem uma voz que muitos consideram voz de homens heterossexuais.

A discussão, claro, vai muito além disso, com assuntos que levam os próprios gays a pensarem porque há um incômodo tão grande em saber que uma outra pessoa vai descobrir a orientação sexual deles apenas pela voz. As entrevistas e o estudo sobre o tema conduzem pesquisas sobre questões históricas, psicológicas e políticas. As descobertas surpreenderam o jornalista, que encontrou exemplos de opressão, insegurança e preconceito quando a voz afeminada surge em grupos sociais.
O objetivo de David de tornar a voz menos afeminada é colocado em dúvida durante o processo. O documentário e as pessoas que ele entrevista, deram a oportunidade de ele perceber que o papel principal é aceitar a voz que ele possui. Um dos personagens mais tocantes para o jornalista é um jovem de quinze anos afirmando que está confortável com o corpo que possui e que os outros, aqueles que são preconceituosos em relação a ele, não entendem.
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